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segunda-feira, 28 de julho de 2014

O Conto da Meia-Noite em Ponto. 5º Ato - O Encontro Violento

Recomendo ler do início, Cena 1

Giovanna não sabia qual seria a reação de Enzo,
Então abriu a porta lentamente.
Enzo viu o brilho dos seus olhos, se pôs de pé,
Ficando ambos frente a frente.

Sem respirar, Giovanna  perguntou de uma vez.

_Qual explicação para o ridículo que fez?

Surpreso com a pergunta, Enzo respondeu.

_Quando lhe contei que não era humano,
Você subitamente me deixou, que horror.
Não aguentei tamanha dor, fui correndo buscar o meu amor.
Segui seu cheiro e quando lhe achei, em nada pensei.
Resolvi fazer de ti uma de mim, viria comigo,
Viveria comigo, pensei quem sabe assim?

Enzo, falava irritado e lentamente se aproximava.
Giovanna, ofegante, com medo se afastava.

... E depois disso fui até sua casa.
Maldita decisão que tomei, não imaginava.
Enquanto a gente em sua cama se amava,
Era o nome do meu pai que você chamava!

Enzo, como um monstro, saltou para cima de Giovanna,
Com longas unhas e dentes bem afiados.
Jogando seu corpo frágil nas paredes, de lado a lado.


sábado, 19 de julho de 2014

O Conto da Meia-Noite em Ponto. 4º Ato - De Volta a Veneza



No dia seguinte, o crime bárbaro virou assunto principal.
Todos diziam saber que Giovanna transformava-se em um terrível animal.
Em Marghera nunca se viu tantos homens da polícia italiana,
Que não acreditavam que tal crime macabro, tenha sido cometido por Giovanna.

Já no porto de Marghera, Giovanna seguia para Veneza.
Seus olhos banhados em lágrimas, deixavam de esconder sua tristeza.
Apaixonada por Veneza, ela via toda sua vida refletida nas belas paisagens da cidade.
A bela menina sonhadora, teve sua vida e coração destruídos pela própria infidelidade.

Sentado no bar da sala, olhando a porta entre aberta, Enzo já a aguardava.
Abriu outra garrafa de vinho e completou a taça com o ódio que não passava.
Já se via a lua tão clara e cheia como uma linda e bem desabrochada flor.
Era a noite que chegou fria, em sua sombra trazia, a presença vazia do seu amargo amor.




terça-feira, 8 de julho de 2014

O Conto da Meia-Noite em Ponto. 3º Ato - Depois do Jantar


Ainda com o sangue de Pietra respingado pelo seu corpo,
Giovanna já pensava em como e para onde deveria ir?
Desamparada e olhando firme aquele corpo caído, morto,
Ela sabia, mas nunca imaginou que seria tão terrível assim.

O que Giovanna tentava realmente entender,
Era porque Enzo, (o lobisomem) depois de lhe morder pelas costas,
Voltou como um pesadelo, e se foi sem nada dizer?
Então Giovanna decidiu voltar para Veneza, em busca de respostas.

Escondeu o corpo de Pietra no porão para ganhar mais tempo.
Lavou-se meticulosamente no banho.
Abriu a janela para fugir, sem ser vista por aquele povo nojento.
Saiu levando a bolsa de menor tamanho.



quinta-feira, 3 de julho de 2014

O Conto da Meia-Noite em Ponto. 2° Ato - O Jantar de Sangue



Giovanna foi violentada pelo lobisomem que dizia a amar.
Dolorida, passou o dia sem por os pés fora do seu lar.
Recusou quando Pietra curiosa, a convidou para almoçar.
Ouvia repetidamente Mercedes Sosa, para tentar relaxar.

Pietra fez bem o seu papel de majestade fofoqueira,
Comentou sobre a visita do lobisomem, pra via inteira.
Assim dizia: ...Ela gemia feito uma puta, e era bonito o danado.
De vergonha não saiu de casa hoje. Duvido que ele seja um tarado!

Outra noite se fazia e Giovanna precisava muito se alimentar,
Convidou Pietra, para a meia-noite em ponto, um jantar de se fartar.
Pietra falou: ...Só vejo duas panelas vazias,
Não vejo o que vamos comer, de passar mal!
Giovanna retrucou: ...Então olhe bem dentro dos meus olhos vermelhos,
E veja refletido neles, quem será o prato principal!


segunda-feira, 30 de junho de 2014

O Conto da Meia-Noite em Ponto. Cena 2 - O Pesadelo




Nesta longa noite, ela foi visitada.
No pesadelo sombrio, foi estuprada.
Se viu no espelho, teve medo.
Alguém a feriu, conheceu seu segredo.

A vizinha não pregou os olhos,

Nem um momento.
Com os ouvidos no chão,
Percebeu todo o movimento.
...
Os homens procuraram a noite inteira,
Me fizeram perguntas mas nada falei,
Não sei os problemas de uma solteira,
Se der pano pra manga, em ti apostei.


sexta-feira, 27 de junho de 2014

O Conto da Meia-Noite em Ponto. Cena 1 - A Caça


Não, não se afaste de mim.
Eu só quero me alimentar.
Deve doer mesmo assim.
Lave com éter ao sangrar.

Com a pupila delatada
Não pensou mais em nada
Uma mordida e outra deu
E na lua cheia desapareceu

...
Alguém ouviu uivos e parou na calçada,
Viu um vulto de arrepiar e pensou: Que nada.
Disse, chamem socorro, tem sangue na estrada,
Alguém passou ferido por facada ou dentada.


sábado, 17 de maio de 2014

Do pó ao pó




O pó na água quente
Café
O pó sobre a estante
Sujeira

Onde o pó faz seu laser
A poeira quer morar
Passe o dedo pra saber
Que já é hora de limpar

O pó que te alucina
Cocaína
O pó que te fascina
Neblina

És um grão de areia 
Querendo só viver
Será pó dessa areia
Assim que morrer

O Conto da Meia-Noite em Ponto. 5º Ato - O Golpe Surpresa

Enzo estava mesmo disposto a matar Giovanna, por motivo da traição, Mas antes do golpe final, devolveu-lhe a pergunta, parando a canç...